Morre cadela esfaqueada em Mimoso do Sul por não querer brigar

Morreu na manhã desta quarta-feira (14) uma das cadelas resgatadas do quintal de uma casa em Mimoso do Sul após serem esfaqueadas. O dócil animal foi tratado em uma clínica veterinária, foi adotado por uma dona-de-casa e já tinha ganhado o nome de Nina.

As duas cadelas foram esfaqueadas na noite de domingo (11) no bairro Antiga Exposição por um homem de 32 anos. Segundo denúncia, o crime ocorreu porque os animais não quiseram brigar. O suspeito escapou do flagrante, mas responde pelo crime de maus-tratos a animais.

Triste, a dona-de-casa Thamiris Teixeira da Costa, 30, que havia adotado Nina, disse que a cadela parecia bem e que todos acreditavam que ela sobreviveria.

“Ela já estava bem. Tinha acabado de tomar água e estava deitada na varanda. Saí um pouquinho, quando escutei dois gritinhos. Ela virou para trás e morreu. Já tinha até comprado medicamentos e curativos para cuidar dela. Pensei que fosse sobreviver”, lamentou.

A cadela estava prenhe. Thamiris contou que ainda percebeu os filhotes se mexendo na barriga do animal, mas não resistiram.

Na segunda-feira, dia seguinte ao crime, uma equipe de policiais da Delegacia de Mimoso do Sul, que foi acionada por um morador do bairro que viu a agressão aos animais, resgatou as duas cadelas com a ajuda da médica veterinária Gabrielle Barros.

A profissional explicou que os ferimentos de Nina eram mais graves. “Ela estava com a gestação bem avançada. Tinha três a quatro perfurações. Ela foi se abrigar debaixo do porão e quando a encontramos estava muito suja, perdeu muito sangue”, lembrou Gabrielle.

Ela conta que a cadela também apresentava sinais de que havia sido agredida na garganta. Apesar de não ter marcas aparentes, Nina tossia e estava engasgando.

Para a médica veterinária, a suspeita é que Nina tenha morrido devido parada cardíaca, uma vez que havia perdido muito sangue.

O outro animal também tinha perfurações, porém com menos gravidade. Segundo a médica veterinária, após receber atendimento, as duas cadelas ficaram sob observação na clínica durante o dia e, depois, foram entregues a lares provisórios.

Gabrielle destaca que a outra cadela está disponível para adoção. “É uma cadela muito dócil, de porte pequeno, dá para ter dentro de casa. Só precisa de um período de adaptação, pois era acostumada a ficar solta na rua”, destacou.

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