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seg 9/junho/2025 05:20
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Corretor das mil faces é preso em Marataízes após golpes imobiliários

Imagem: Polícia Civil

Ora careca, ora de peruca, com ou sem barba, um corretor suspeito de aplicar golpes no mercado imobiliário a diversas vítimas foi preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira (17), em Marataízes.

Alaim Domingos da Silva, 54 anos, foragido da Justiça de Santa Catarina, costumava se apresentar como empreiteiro, mas na prática atuava como corretor de imóveis — profissão para a qual já teve o registro suspenso pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci‑SC).

Segundo as investigações da Delegacia de Polícia de Penha (SC), Alaim teria vendido os mesmos lotes ou casas geminadas a diversas pessoas, sempre prometendo “localização privilegiada” e valores muito abaixo do mercado.

Após receber o sinal ou parte do pagamento, cortava contato com as vítimas e desaparecia. Estima‑se que ao menos 60 compradores tenham sido lesados, acumulando prejuízo de cerca de R$ 3 milhões.

Enquanto as vítimas tentavam localizá‑lo, o corretor ostentava nas redes sociais viagens a Punta Cana, na República Dominicana. Fotos e vídeos mostram eios de lancha, mergulhos com golfinhos e baladas em casas noturnas badaladas do Caribe.

Suspeito teve várias aparências. Foto: Metrópoles e PC

Para dificultar o reconhecimento, ele alterava frequentemente a aparência: às vezes calvo, outras vezes usando peruca, ora sem barba, ora com barba branca.

A captura ocorreu graças a denúncias anônimas feitas ao Disque‑Denúncia 181, que indicavam seu paradeiro no bairro Cidade Nova, em Marataízes.

Alaim, que usava o nome falso “João” e se relacionava com uma professora local, foi abordado em frente à residência onde se escondia. No momento da prisão, estavam sob seu poder R$ 15 mil em dinheiro, dois celulares e três cartões de crédito.

Dinheiro apreendido. Foto: Polícia Civil

Após o cumprimento do mandado expedido pela Vara Regional de Garantias de Itajaí (SC), o acusado foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Marataízes, onde aguardará transferência e permanece à disposição da Justiça catarinense.

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